Os guardanapos enganam...

As coisas nem sempre parecem o que são...

Uma mesma situação pode ser vista por diversas pessoas de formas diferentes. Vamos imaginar:

Um almoço de amigos em que os convidados apreciam, pasmos, a anfitriã a agarrar num guardanapo e a dividi-lo em 3!!

O primeiro casal olha-se pelo canto do olho e pensa para si:
- Que forreta... que fónica... quase vamos ter de limpar os dedos nas mãos porque ela decidiu dividir um misero guardanapo em três!
Claro que, mal chegam ao carro para regressarem a casa, começam os comentários: forreta, fónica, sovina, unha de fome, miserenta...

O segundo casal olha um para o outro e sorri, pensando:
- Uau, em tempo de poupança e em que se fala tanto em diminuir a pegada ecológica, diminuindo o lixo que produzimos, é de facto sensato dividir um guardanapo em três!

O terceiro casal (sugestão da remall) olha um para o outro e abraçam-se, pensando:
- Dividir algo com o próximo é um acto de amor, muito bonito!

Tenho cá para mim que assim que os convidados se forem embora, divido 1 guardanapo em 6, para a minha família usar... tornando-me assim ainda mais fónica, mais ecológica, ou que gosta de partilhar, ainda mais, o que tem!

E quando acabar a época das chuvas (em que pode ser complicado secar a roupa a tempo e horas) porque não adoptar guardanapos de tecido, que é só lavar e voltar a usar? Ou será que não compensa?

E você, é forreta ou... anda simplesmente a tentar diminuir a pegada ecológica, ou... gosta de partilhar o que tem??

Que cristal usar para....

... quem trabalha num sitio com muitos computadores?
Uma malaquita ajuda a proteger as pessoas da radiação.

... ter numa loja?
O ideal é uma água-marinha para abrir a energia da comunicação.

... melhorar o bem-estar?
Uma boa combinação seria quartzo-rosa, citrino e turquesa. Se for para um ambiente, pode-se colocar as três pedras sobre uma drusa de quartzo.

... abrir, harmonizar os caminhos do amor?
O quartzo rosa para aumentar a sua auto-estima.
A rodocrosita para activar a energia de dar e receber amor.
A kunzita, que representa o coração maduro e adulto, a responsabilidade do amor.
Sugere-se usar uma de cada vez pelo tempo que a sua intuição mandar, nesta sequência, e por fim usar as três em conjunto.

... crises de pânico?
Uma boa combinação seria a crisocola, que traz suavidade, o crisoprásio, para activar a coragem, e a cornalina, para trazer acção e movimento.
Usar as três juntas ou fazer um elixir: colocar as pedras num jarro transparente e incolor cheio de água mineral natural e deixar ao sol de manhã durante três a quatro horas. Deixar a água voltar à temperatura ambiente e beber meio copo por dia.

... usar como pingente num fio?
Depende da intenção do que se quer trabalhar.
Para auto-estima, quartzo rosa;
Para saúde e força, malaquita;
Para autoconhecimento, lápis-lazuli;
Para harmonização, citrino;
Para sucesso, olho-de-tigre.

... melhorar as finanças?
Combinar a malaquita, rubi, pirita e citrino. É o indicado para atrair mais dinheiro.

... se harmonizar um ambiente de muito stress, como um escritório?
Para ambientes de trabalho, a melhor escolha é uma drusa de cristal de quartzo para protecção e harmonização e sobre ela uma esfera de calcita laranja para tornar o ambiente mais alegre e suave.

... transformar os fluídos negativos em positivos, de pessoas que entram à porta?
Na porta de entrada, além da ametista, também é bom ter uma turmalina negra para criar um escudo de protecção contra qualquer energia negativa.
Depois da turmalina impedir a entrada, a ametista transmuta essas energias.

... colocar no quarto de dormir?
Deve-se usar pedras que tragam calma e suavidade, como a ametista, o quartzo-rosa e a crisocola.

E vocês como usam as vossas pedras?

Máquina de fazer pão

Não sou fã dos pequenos electrodomésticos. A maioria são modas perfeitamente desnecessárias que apenas nos sugam dinheiro.

Para além do ferro de engomar, e da torradeira, só tenho e uso: a varinha magica, a picadora 123 e a máquina de fazer waffles!!

Mas este fim-de-semana assim do nada... sem antes ter premeditado a compra...
- Vamos comprar uma máquina de fazer pão?

E lá fomos nós!! Escolhemos uma que dá para fazer até 1,5Kg de pão...

Compramos uma embalagem de farinha no Continente e 2 no Lidl... e fomos a correr para casa por a mão na massa... hehe.

Três horas e tal depois... voilá... um belo pão com 1,491 Kg saiu da máquina. Confesso que estava um pouco receosa porque o pão em cima ficou com uma ligeira depressão e pensamos que tinha abatido e não ia ficar bom, mas... ficou uma delicia!!!

E assim, se come pão quente às 23h00 :)

Para já ficamos com 1 dúvida:
Usamos 1 kg de farinha... na máquina escolhemos o programa de 1 kg ou de 1,5 Kg ?

E vocês são super consumidoras de electrodomésticos ou nem por isso?

.... ah... e deixem ali na caixinha dos comentários, sugestões, dicas e truques para esta recém consumidora de pão doméstico, tirar o melhor partido da maquineta...!!!! :)

Cratera no quintal...

Uma manhã destas acordei e deparei-me com uma cratera de mais de 3 metros de diâmetro no quintal, por 80 cm de fundo... nem imaginam o meu susto, estive quase para telefonar para a APO (Associação de Pesquisa Ovni), mas decidi investigar melhor e descobri que afinal foi obra do meu "jardineiro"...

Pois... eu pedi-lhe para abrir um buraco de cerca de 80x80 para por uma árvore bebé e o resultado foi o que está à vista... E pela conversa ainda não está acabado...!

Assim este post serve para informar várias entidades:

Câmara e finanças:
Não estou a fazer uma piscina ilegal no quintal, pelo que recuso-me a pagar quaisquer multas, licenças e afins que apareçam na caixa do correio.

Nasa:
Não caiu nenhum meteorito no meu quintal, escusam mandar homenzinhos com fatos esquisitos.

Pessoal do ambiente:
Não estou a fazer nenhum furo ou poço de forma ilegal, para ter água de borla.

Galp:
Não, não achei petróleo no quintal.

Sem mais, me retiro...

E por aí, como são os vossos buracos?

Penso sobre o penso

[O post de hoje é dedicado às lolitas, sejam elas puras e castas, pouco maganas*, muito maganas* ou casadas. Lolipop's curiosos, também são bem-vindos, mais que não seja para levar informação às lolitas com quem se dão.]

Numa época que a intimidade feminina e menstruação eram assuntos pouco comentados e vistos com maus olhos, os pensos começaram por ser pedaços de tecido, que se lavavam e reutilizavam...
Havia também quem passasse o dia sentada, a executar uma tarefa, em cima de algo absorvente para não andar com os fluidos a escorrerem pernas abaixo... iéca!

Depois passaram a absorventes super largos e grossos, ... quem não se lembra das marcas Stayfree e Modess? humm?
Eu própria de inicio, ainda usei uns modess grossos e passava a vida a dizer às minhas amigas:
- Espreita lá aí a trás a ver se estou suja ou se se nota o volume do penso...

Felizmente o progresso e a tecnologia trouxeram-nos pensos ultra finos, imperceptíveis quando usados, que neutralizam odores, de 4 ou 5 tamanhos diferentes, com superfície que permanece sempre limpa e até inventaram umas abas tal e qual avião... Uma verdadeira maravilha de penso.

Ou quase...

Não fosse pelo facto da grande maioria dos que se vendem nas grandes e pequenas superfícies serem de materiais que parece plástico... ou seja temos plástico em contacto com a pele... E o que me acontece a mim, e a vocês provavelmente, também: é que nos primeiros dias tá-se bem, mas depois parece que começamos a assar... principalmente no verão que transpiramos mais!!! Depois para além do incomodo do andar com o penso e com o período ainda passamos o dia a coçar a franga por causa da irritação na pele... Grunfff!

Por causa desta mal fadada coceira (franga assada) decidi experimentar várias marcas até encontrar uma que não fosse plastificada e que não fizesse transpirar tanto... tantos experimentei que finalmente encontrei!!!

O uso frequente de pensos, a transpiração (aumento da humidade), o calor excessivo (provocado principalmente pelos mais plastificados), proporcionam o ambiente ideal ao desenvolvimento de infecções e pelo desequilibro da flora da franga. Portanto use pensos apenas e só quando estiver com o período!

E as vossas frangas tb sofrem destes males??

* Maganas (dicionário do falar algarvio)
Finória;velhaca; meretriz. Para evitar expressão menos polida, é muito frequente chamar-se filha duma magana a quase tudo que nos desagrade e também a quase todos.

Selenita limpa e energiza ambientes...

... pedras e cristais, objectos e pessoas.

Podemos limpar um cristal colocando-o na frente da selenita por uns minutos, e... limpar a nossa energia se direccionarmos, a pedra, para o nosso plexo solar durante um minuto.

A selenita tem a energia interna a circular em forma de espiral e esta energia sai em forma linear.
Se quisermos limpar apenas uma pedra é só colocá-la na frente da selenita.
Se quisermos limpar várias pedras ou um ambiente, devemos colocar na frente da selenita um cristal de quartzo. Este receberá a energia dela e distribuirá esta energia em várias direcções. O cristal de quartzo também tem a energia interna em forma de espiral, mas esta sai em diversas direcções.

Selenita: Pedra branca ao centro (desculpem o flash)

É excelente para limpar pedras como a malaquita que não reage bem ao sal e portanto sua limpeza nunca deve ser feita através do processo água / sal.

Se usar a selenita em meditação ou para activar os chakras, coloque ao mesmo tempo nas mãos, pés ou no chakra básico, pedras de ancoramento, como a hematita ou a turmalina preta.

A selenita é muito sensível, não devemos ter pensamentos ou atitudes negativas quando estivermos a trabalhar com ela, pois pode estalar ou partir.

É solúvel, por isso não deve ser deixada muito tempo em contacto com a água.

E por aí vocês usam esta pedra?

Dia dos namorados

Há uma coisas que não resistimos a comprar: loiças alusivas ao amor, principalmente chávenas.
Temos algumas peças repetidas e costumamos usa-las, tanto que já partimos algumas.

E agora com licença que tenho uma noite picante para ir preparar...

P.s.: Pensavam que hoje iria escrever um post indecente? ai, ai... que mentes perversas...

E por aí também coleccionam loiças amorosas?

Amamentação e medicamentos

"A utilização de medicamentos durante a amamentação produz (em mães e profissionais de saúde) uma espécie de temor irracional. Vemos com frequência mães que deixam de amamentar por tomarem um medicamento perfeitamente compatível com a amamentação, ou que estiveram em sofrimento durante meses porque, por estarem a amamentar, "não podiam receitar mais nada". É errado recomendar sistematicamente a paragem da amamentação sem antes procurar informação de confiança."

(...)

"Um lactente precisa de mais de um mês para digerir um único comprimido de atenolol; dois meses e meio para um comprimido de ranitidina, quase um ano para um comprimido de digoxina, quatro anos e meio para um comprimido de cloxacilina (supondo que a sua mãe tomasse cloxacilina todos os dias durantes este tempo). E ainda vemos suspendera amamentação em caso de mastite, porque a cloxacilina passa para o leite!

Quando o medicamento é usado em lactentes, pode ser mais esclarecedor explicar à mãe que dose daríamos ao seu filho se ele estivesse em tratamento, e quantos dias teria que mamar para conseguir essa dose. Por exemplo, a dose habitual de digoxina é de 0,015mg/kg/d, pelo que a dose de um lactente de 5kg seria de 0,075mg. Para obter essa quantidade a partir do leite, essa criança teria de ingerir 78 litros, o que significa 104 dias a amamentar. Ou seja, é mais fácil morrer afogado no leite, ou esmagado pelo seu peso, do que intoxicado pela digoxina."

Retirado do:
Manual prático do aleitamento materno"
Dr. Carlos González

Antes de parar de amamentar por consumo de medicamentos, informe-se bem se de facto esse fármaco irá fazer mal ao seu bebé.
Parar de amamentá-lo... isso sim poderá ser prejudicial a si e ao seu bebé. Amamentar faz bem aos dois: mãe e filho!
Um sitio onde pode verificar se pode amamentar em simultâneo com medicação, é:

http://www.e-lactancia.org/

Votos de boas mamadas :)

E por aí também há receio de tomar medicamentos e amamentar?

Disfarçar peidos

Pobre da minha vizinha Mirculina, desta vez tem um dilema ... TAPEM O NARIZ RÁPIDO... pppffffuuuuu... pronto já passou (ela está aqui ao meu lado)... Ufa!

Dizia eu...

A Mirculina anda abusar do feijão, couves e bebidas gaseificadas e volta e meia vai à casa de gás (Se Hitler descobre muda-se para Portugal) banho  a correr, senta-se na sanita e ... rátátátátátátátá.... Ufa que alivio...

Mas a parte chata é que, ela tem sempre pessoas em casa que podem assustar-se com o estrondo da bomba a fazer ricochete e eco no fundo da sanita.
Como ela é daquelas portuguesas do desenrasca, lembrou-se de... Abrir a torneira do bidé no máximo para fazer barulho a abafar o som...

E vocês que esquemas manhosos usam para abafar os vossos???? (hihi... não vale dizer que não dão porque nunca conheci ninguém que os quisesse comprar)

(Não) Falarás mal

Quem fala mal?
Não, não me refiro a quem frequentou poucos anos a escola, mas sim, a quem está sempre a falar mal de alguma coisa ou de alguém.

Mas afinal... quem fala mal do mundo e arredores? Huumm?
- Será uma pessoa pouco realizada?
- Alguém com complexos de inferioridade que, tenta atingir a superioridade dizendo mal de alguém?

Diminuir o valor dos outros dá-nos a ilusão de aumentar o nosso valor próprio.

Como não existe maneira dos homens medirem o seu próprio valor (e têm uma enorme necessidade de o fazer), normalmente fazem-no desvalorizando os outros. Digamos que... se apagarmos a luz do nosso vizinho, a nossa, brilha mais que a dele. Quem tem luz própria não necessita apagar nem diminuir as luzes alheias para brilhar.

Na nossa sociedade, a televisão, revistas, jornais, rádios, ajudam a fomentar o: falar dos outros, o procurar nos outros algo para se falar.

Os nossos encontros sociais na pastelaria, na nossa sala de estar, à beira mar raras vezes não são palco de más línguas:

- Viste a saia vermelha que a Sicrana comprou? Fica-lhe tão mal.
- A Fulana em vida, discutia com o marido e agora vai por-lhe flores na campa, deve ser para se fazer de santa perante a vizinhança.
- A Beltrana conseguiu emprego no hospital só pode ter sido cunha, ela não tem cara de quem tem capacidades para trabalhar lá.
- Só pode ser má mãe para deixar o filho andar a brincar na terra todo sujo.

Comentar atitudes alheias é algo que a grande maioria de nós faz, sem sequer dar conta, é algo tão natural como vestir umas cuecas pela manhã, e... dá um prazer orgasmico. Os mais necessitados de prazer, normalmente não resistem... e lá fica a língua a trabalhar no corte e costura.

Temos o privilégio de falar e comunicar e usamos este dom em coisas tão fúteis... é um verdadeiro desperdício deste recurso. As pessoas falam por falar, para não estarem caladas, e quando não têm assunto, o outro torna-se um excelente tema de má língua conversa.

O dom da palavra arrasta multidões tanto para o bem como para o mal... quem a sabe de facto usar consegue o que quer. Basta olharmos para a Madre Teresa ou para o Hitler.

Cabe-nos a nós ter o bom senso e a capacidade de evitar que a má língua se propague. Teremos certamente momentos mais felizes nas nossas vidas se falarmos mais de nós, de livros, da natureza, dos animais, do tempo, ... do que dos outros! Evite censurar, condenar,... Analise se as suas palavras têm trazido benefícios ou malefícios aos outros.

"A boca fala do que está cheio o coração”

E o seu coração está cheio de quê?

Vou roer o sapato...

Auf Auf Os meus amigos humanos deixaram aqui uma coisa no tapete, será para mim?

Parecem uns sapatos! Têm formato de sapato! Cheiram a sapatos! Huummm... são sapatos... os meus favoritos!

Acho que se levar só 1 eles nem notam!

Ahh, finalmente vou ferrar aqui o dente! hum...? Parece que ouvi um barulho...

Upssss... Fui apanhado!

Estava ali abandonado, pensei que era para mim! Eu enterro os meus brinquedos para estarem em sitio seguro.. e, tu... devias fazer o mesmo com as tua coisas!

Desmancha prazeres... Auf!

(30 segundos depois)

Vou tentar de novo... Vai ser desta... Vai ser desta!

Com mil carraças, fui apanhado de novo... Auuuuuffff!

E por aí vocês também enterram os vossos sapatos ou deixam à mercê duns dentes de leite caninos?

Nunca me esqueças

Da escritora Lesley Pearse.

Já li e reli e é sem duvida o livro que mais gostei de ler, dentro do género.

É um livro que retrata uma dura realidade século XVIII. É um livro de sobrevivência, fome, sofrimento, doença, dor, violação, prisão, amor, filhos, esperança, força, liberdade...

É baseado numa história verídica sobre uma autentica mulher coragem.

A sua leitura é viciante ao ponto de o querermos ler de seguida:
- Marido faz tu o jantar e lava a loiça... porque agora eu quero acabar de ler o livro!!!

Não se deixe enganar pela capa angelical e leve, pelo saco delicado em que vem dentro, pelo resumo da capa... eles iludem. Este é um livro muito pesado emocionalmente, que comove e choca. Portanto... se se atreverem a lê-lo, preparem uns lencinhos, vão rolar lágrimas...!

Deixo-vos um bocadinho...

"Mary sempre fora observadora e, nos últimos sete anos, apurara ainda mais esse talento por necessidade. Em ocasiões anteriores em que ali estivera, reparara que havia garrafas vazias pelo chão. Estava demasiado escuro para ver se havia algumas hoje mas esticou o braço livre e varreu rapidamente o chão até sentir uma.
Jack já tinha desapertado os calções e o seu pénis projectava-se com a ponta arroxeada. Voltou a arremeter contra ela, com o cinto na mão, e ela calculou que a sua intenção fosse esganá-la para a submeter e calar.
Tentando distrai-lo gritou novamente, apertando as pernas para que ele, ao tentar abri-las, se visse obrigado a largar uma ponta do cinto. Ele hesitou, sem saber muito bem por onde começar. Mary aproveitou a oportunidade para dar uma pancada seca com a garrafa no chão, deixando uma aresta partida e aguçada, e depois, com um só movimento lesto, espetou-lha no pescoço, imediatamente por baixo da orelha, com toda a força que foi capaz.
Jack soltou um berro de dor, pondo-se logo de joelhos e levando as mãos ao pescoço. Mary saltou do chão e pôs as mãos nas ancas, ofegante do esforço e olhando com desdém para o seu atacante.
O silêncio abateu-se sobre o bar. Jack ainda estava de joelhos, o sangue a sair-lhe por entre os dedos. Revirava os olhos, aterrado, e da sua garganta saia um gorgolejo horrível.
- Vê se aprendes a lição - disse Mary entre dentes, desferindo-lhe um pontapé que o derrubou.
Virou-se para o resto dos assistentes, com a garrafa partida ainda na mão. As pessoas recuaram um ou dois passos, presumindo, ao verem a sua expressão colérica, que ela também as iria atacar. Momentaneamente não lhe faltou vontade, mas fizeram-lhe lembrar as ratazanas no hospital da Batávia. Como elas, aquelas pessoas tinham feições marcadas e modos furtivos. Perseguiam os mais fracos. Eram ignóbeis e nem o seu desprezo mereciam.
- Se algum de vocês pensar sequer em pôr-me um dedo em cima, mato-o - declarou furiosamente - Agora chamem alguém para tratar dele. James tu vens comigo."

E você já se atreveu a lê-lo?

José Rodrigues dos Santos

Lembram-se que andava a ler o Anjo Branco? Já acabei!!!

Confesso não ser muito fã de leituras que relatem factos históricos e principalmente de guerra, mas... este livro manteve-me colada à história e a desejar saber, o que iria acontecer a seguir.

Talvez por o livro se dividir essencialmente em 3 grandes partes, e infância e juventude do médico, O seu inicio de carreira e depois a guerra colonial em si... o tenha tornado mais leve e não um aborrecido livro de guerra.

A escrita do autor é feita de forma fluida, relata factos históricos, transmite valores, humor,... Conta uma história, que talvez por ter sido escrita por um jornalista, não tem demasiados floreados!

Posso dizer que este livro dá-nos cultura ao mesmo tempo que entretêm.

Se gostei? Sim!
Se recomendo? Sim!
Se fiquei tentada a ler mais livros dele? Vamos ver... hehe

Deixo-vos mais um bocadinho...

"O que é o bem e o que e o mal? Todos nós intuímos estes conceitos, mas a sua definição precisa escapa-nos. Até hoje." Apontou para a janela. "Tive a resposta a este enigma no momento em que vi o mal naquela aldeia. Vi-o impregnado nos corpos carbonizados que se espalhavam pelos escombros, vi-o quando me questionei sobre o que levaria os homens a fazerem uma coisa tão cruel. E depois deparei-me com uma criança que saiu viva e intacta de baixo do corpo queimado de uma desgraçada que os soldados quase haviam morto e percebi que há coisas que o mal, por mais que tente, não poderá conquistar. O amor daquela mãe foi mais poderoso do que o mal daqueles homens. Mas só agora, enquanto estava aqui a ouvi-lo falar, é que consegui transformar em palavras a ideia que desde então me andava a ruminar a mente." Cravou de novo os olhos penetrantes no seu interlocutor. "Sabe o que na verdade é o mal?"
Sentindo-se incomodado com a intensidade daquele olhar, Aniceto Silva abanou a cabeça.
"Ó doutor, agora não", disse. "Poupe-me a essa conversa."
"É a incapacidade e nos pormos no lugar do outro. Quando os soldados matam mulheres e crianças como quem mata formigas, estão possuidos pelo mal porque não conseguem pôr-se no lugar das vitimas, não conseguem perceber a posição delas nem sentir o que elas sentem. O mal é a incapacidade de imaginar os sentimentos do outro e de os sentir como se pudéssemos ser nós."