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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Tempo de qualidade

Como qualquer recém mãe, uma das minhas preocupações é perceber o meu filho, educa-lo e prepara-lo para enfrentar a vida. Não sou adepta de castigos, nem de bater. Acredito que com diálogo tudo se consegue.
Como eu costumo dizer é possível tratar do feitio de um puto em 3 tempos... com palavras, falando e tentando percebe-lo! (hehe... pelo menos para já, com o Piki, tenho tido sucesso)

Obviamente não sou perfeita nesta caminhada, comento erros, tenho dúvidas, se calhar até faço escolhas e tenho atitudes erradas.

No meio deste meio percurso encontrei um livro que é verdadeiramente delicioso e que ajuda e muito a perceber os bebés e crianças. O autor é dotado de algum humor negro (mesmo ao meu gosto hehehe) e arrisco-me a dizer que... ou se fica a odia-lo ou se fica a amá-lo!!!

Assim, o tópico de hoje é uma transcrição desse livro, não é dos meus textos favoritos do autor, mas serve para uma introdução. Posteriormente colocarei algumas comparações interessantíssimas que ele descreve.

O livro é: Bésame Mucho de Carlos González. Recomendo a compra!!!


"Muitas famílias sentem claramente que o infantário não é a solução óptima e que recorrem a ela levadas pela necessidade. Em vez de ir até à raiz do problema e criar as condições sociais e económicas para que cada família possa escolher livremente, muitos optaram por seguir em frente: louvar a excelência do infantário e assegurar às mães de que não existe qualquer problema.

Assegura-se às mães que, mesmo estando separadas do filho durante oito horas por dia (que facilmente se convertem em dez com os transportes), poderão cuidar dele exactamente da mesma maneira, porque o importante é a qualidade e não a quantidade. e em duas horas de "tempo de qualidade" poderão fazer o mesmo que outras mães em dez ou doze horas.

Confesso que a ideia me parecia mais ou menos aceitável até que tive de a viver na própria pele, quando pedi licença como pediatra para poder dedicar mais tempo aos cuidados dos meus filhos.Renunciei a um trabalho, a um salário, às expectativas de promoção e ascensão na carreira, ao reconhecimento social de uma profissão. Como os infantários são largamente subsidiados a sua família, apenas com um salário, tem de ajudar com os seus impostos a pagar o infantário das famílias com dois ordenados.
E, ainda por cima, tem de ouvir frases do género: "Não sei para que te serve ficar em casa. Eu passo menos tempo em casa com o meu filho, mas é tempo de qualidade, que é o que importa".

E quem disse que o tempo que eu passo com ele não é de qualidade? Para além da qualidade, eu e os meus filhos temos mais tempo.

Teriamos de convencer os nossos chefes de que, "a partir de agora, virei apenas trabalhar duas horas por dia, mas, como será tempo de qualidade, farei o mesmo que os outros em oito horas". Onde é que isto não funciona? Em qualquer trabalho ou actividade, desde colocar azulejos a tocar piano, apenas se pode conseguir o êxito na condição de lhe "dedicar horas". Por que razão pretendem convencer-nos de que cuidar dos nossos filhos é precisamente a única actividade humana em que o tempo se torna elástico?"

22 Seres especiais comentaram :

Hazel Evangelista disse...

Vou falar a verdade. Porque quem fala verdade não merece castigo!
E eu lá li o post?! ahahaha
Fiquei foi a olhar para ti! Finalmente te vejo!! Já não era sem tempo!!!
ahahahaha

És muito bonita :))

Agora, sim, é que vou ler o post!

Especialmente Gaspas disse...

O Photoshop faz milagres, confesso que dei uns retoques para ficar tipo estrela de cinema. Se me visses ao vivo e a cores fugias a 7 pés!!!

Vai lá ler que é mais importante que a foto... hiihih

Bricolar e Poupar disse...

Parece muito bom esse livro, concordo em pleno.

bj

Fernanda Sampaio disse...

Também já escrevi sobre este tema:
http://fernanda-e-filhos.blogspot.com/2007/01/tempo-de-qualidade.html

"Tempo de qualidade" foi um termo inventado para apaziguar consciências que se sentem omissas.

Não li o livro, mas vi uma entrevista com esse autor na RTP2 há uns tempos e achei muito interessante.
*********************

Eu gosto de comida chinesa, mas confesso, deixei de ir aos restaurantes chineses quando a ASAE fechou um data deles por terem ingredientes em más condições. E então, depois do meu primo ter ido à china e me ter contado sobre a noção de higiene deles...arrrg...!

Agora só mesmo no "meu" restaurante!

Gaspas, experimenta esta receita e depois diz-me!

Bom fim de semana!

Tuquinha disse...

Como não tenho filhos não me posso pronunciar...mas penso que se os tivesse teria que ter muito, mas muito tempo com eles...aliás hoje em dia os pais cada vez passam menos tempo com eles...e isso para mi é um erro crasso........
Mas quem sou eu....??????

quanto á foto apenas posso dizer que és realmente muito jovem. Bonita, e com um pimpolho á tua medida. Aproveita sim todo o tempo com ele, pois cada dia que passa é menos um dia a usufruir da sua companhia.
Beijinho
(acho que tanto queria dizer que acabei não dizendo nada....bá)

Fernanda Sampaio disse...

Eu, ao contrário da Hazel, só li o post e não vi a foto, hahahaha...

Pelo comentário dela é que fui ver!
Muito prazer, heheeh...

Especialmente Gaspas disse...

A fotografia é só para decorar o blog :P O que tem interesse é o livro :P

Já fui ler o teu texto e concordo com tudo :)

Selena (Fran) disse...

Que lindeza de mulher!!!
E este sorrisão?! Deve deixar os portugueses doidos?!!! kkkk (abafa!)hihi!

Ah eu vi seu filhos caninos! Mas seu Piki também é um "gostosão"!!!
Dá vontade de morder!!!

Quanto ao post:
Eu não sou mãe (de filhos humanos)mas tenho um sobrinho (J.V) de dois anos e meio que vai ao infantário desde os 9 meses!

Eu sempre achei errado. Eu que não tenho filhos não saioi de casa para trabalhar...gosto de ficar em casa! Abri mão da minha vida profissional para ser a "Rainha do lar"! (ADORO!).

Sei que as mulheres pricisam atualmente trabalhar fora para contribuir na renda familiar, mas será que PRECISAM?!

As vezes acho que toda a "desgraça" do mundo aumentou quando a mulher deixou um pouco de lado a educação dos filhos, largados em infantários e escolas!

Depois crescem os "desgarrados"!
Cobrando atenção...alguns se perdem em vícios...
Creio que o lugar da mulher é realmente em casa!

A cuidar do lar, dos filhos, do seu Consorte!

Perdoe-me pelas palavras, talvez haja mulheres que vão discordar completamente, mas esta é simplesmente minha opinião! hihi

Beijo de luz no "Ser" de sorriso lindo! hihi

Sissamar disse...

Adorei! Estou plenamente de acordo! Quem é esse especime em vias de extinção que compreende as mães que o querem ser a tempo nteiro??? Escritor ao poder, é de mais gente desta que precisa o nosso país, gente que não nos olham de lado e que pensam que passamos o dia de perna traçada sem fazer nenhum! Eu canso-me muito mais do que qd trabalhava fora de casa! E olha que passava 6 horas de pé e só me mexia da cintura para cima! Mas agora em casa canso-me muito mais, mas tb tenho a minha filha mais debaixo de olho, posso-me "dar ao luxo" de fazer um bolo caseiro com cara de pastelaria para a minha filha levar para a escola nos anos e podemos até enfeita-lo juntas, podemos dar banho uma á outra, eu rego as plantas com a mangueira e ela anda de vaso em vaso de regador na mão... e tantas e tantas outras coisas. E o que acontecia se trabalhasse fora de casa? Levava um bolo igual a todos os outros com sabor a coisa nenhuma da pastelaria, tomava um banho a correr pq o jantar estava a queimar e plantas já não tinha pois ia deixa-las morrer todas á sede!!!
Ai, e com este desabafo até me sinto mais leve!
E giraça tu heim!!!!
E o piki que fofo... mas daqui a uns anos voltamos a falar sobre os castigos e os ralhanços ok???
Beijocas

Anônimo disse...

Devo dizer que ainda não sou mãe, o que pode pôr em causa a credibilidade da minha opinião para quem já o é.

Mas estou muito convencida que o melhor para a criança é a presença dos pais por perto. Segurança e amor são as sementes mais necessárias para que uma criança cresça forte e feliz.

O livro parece interessante. Vou anotar para um dia ler! :)

Hazel Evangelista disse...

E eu sou mais uma a concordar contigo. Quando iniciei o meu blogue, Gaspas, achava que eu era um caso quase único. Não conhecia mais nenhuma mãe e tempo inteiro.
A primeira que conheci foi a Fernanda, e fiquei felicíssima por encontrá-la.
Depois, com o tempo, vieram mais.
Umas, mães a tempo inteiro, outras rainhas do lar, como a nossa querida Selena.
A Alexa Violeta, a Sissamar... todas da nossa tribo! :)

Que bom isto...

Maria Papoila disse...

Concordo inteiramente com o texto!

Embora também seja a favor que a partir dos 3 anos (no máximo) as crianças deveriam ir para o infantário. Falo por experiência própria.

Pois sinto que é importante para eles, aprenderem a viver em comunidade. E isso nota-se na evolução do meu filho.

Quando o meu filho era pequeno dizia o mesmo...tentar resolver tudo com as palavras...Mas depois vi que não é bem assim...

Hoje em dia quando tem que ser ponho-o de castigo num cantinho da casa, para pensar na asneira que fez...e resulta!

Beijinhos

Sissamar disse...

Oh rapariga, não te enganaste nem nada? Não seria este o post de amanhã???
Não tás bem o ke se passa? Não é normal falhares uma sexta feira!
Beijocas e anima-te não gosto de caras tristes!
Slvia

Especialmente Gaspas disse...

Já sabia que vinhas reclamar :P

O meu gajo ontem gamou-me a maquina fotográfica e não tive tempo de fazer o post de ontem e de hoje :P

Assim, hoje pus um que já tinha preparado há uns dias.

A ver se para a semana consigo cumprir a sexta feira :)

Sonia disse...

e eu como mãe de dois ( e a sério eu raramente os consigo perceber-são 2 furacoes ambulantes) acredito que cada pessoa tem de fazer as suas escolhas-eu não consegui abdicar da loja mas reduzi substancialmente o horário de trabalho-perco clientes? ganho em tempo com os meus filhos que para mim é o fundamental-são opções mas para muita gente nem é opção-precisam daquele 2º ordenado para dar o básico aos filhos e sujeitam-se a estar 10ou 12horas longe dos filhos-é a realidade do mundo moderno.

Betty Gaeta disse...

Adorei o texto, embora não concorde totalmente com ele.
Linda a foto!
Bjkas e uma ótima sexta-feira.

Sissamar disse...

Oh balha-se-me Deusssss! E agora o que vou eu fazer numa sexta feira á noite??? Isto é grave muito grave!
Acho que vou processar o teu gajo! Estava á espera de alguma coisa com banheiras... pronto fiquei com ela atravessada o que é que queres?
Pronto vai lá, beijnhos e bom fim de semana!

none disse...

Gaspas...lindinha....e esse nenem...muito lindo tambem....rsrsrsrs.Lá vai uma brasileira dizer o que pensa...ai meu Deus...espero que ninguém me mate...lá vai....
Eu tinha uma empresa,tinha meus funcionarios e estava plenamente feliz com o rumo das coisas,não era nada enorme,mas ja caminhava para um futuro feliz e promissor,procurei passar todas as horas que podia e tinha com minha filha,dando-lhe qualidade,já que quantidade era impossivel.
Mas percebi que ela estava aprendendo com a baba a falar,se expressar e até a fazer trejeitos que não eram nossos,coloquei na escolinha e de novo percebi que faltava para ela um modelo,lá agora tinha muitos,e aprendia um pouquinhos de cada coisa....um dia pegou uma virose e ficou internada mais de 01 semana....e eu não quis saber de mais nada.
Já que meu marido podia tranquilamente arcar com as despesas(tem que ser assim,senão não tem como largar tudo),fiz como a Hazel...optei por cuidar da educação da minha filhinha,passar-lhe meus trejeitos e da familia e nossos valores....não disse que foi perfeito ou que estou certa,mas não me arrependo nem por um minuto.
E maravilhoso,estar com ela o tempo todo.....eu não me sinto arrependida de vender minha Agência,em me tornar dona de casa....estou muito feliz assim...agora e o momento dela.
Beijinhos Gaspas....sabia que hoje e Sexta?...rsrsrsrsrs

Bianca disse...

Olá! Nossa, esse é um assunto que costuma render polêmica na blogosfera, rs. Olha, como mãe de uma menina de quase 12 anos posso te dizer algumas coisas, que foram as MINHAS experiências. Não posso dizer-lhe que são certas ou erradas, mas que deram certo, rs. Eu não sou á favor de bater, mas confesso que em algumas situações, minha filha me tirou do sério, depois de eu falar mil vezes e sim, eu dei-lhe uns tapinhas (e meu coração quase quebrou-se em mil pedaços). Sou à favor de castigos até hoje, daqueles que colocava a criança quando pequena na cama sentada pra pensar na besteira que fez, hahaha. Hoje, já maior, eu costumo tirar o PC do quarto, caso as notas sejam baixas na escola, coisas assim. Quanto ao infantário, Eu tinha 21 anos quando minha filha nasceu, e ainda cursava a universidade. Tranquei a matrícula por um ano para poder ser mãe 24horas por dia. Quando voltei á estudar, deixava-lhe por 4/5 horas com a minha mãe. Quando ela estava com 2 anos coloquei-a no infantário em meio período para que pudesse fazer natação, ballet, e principalmente para brincar com crianças de sua idade. Ela adorava! Até os 9 anos de minha filha fui mãe integral OU dividia meus horários com meu marido: eu trabalhava pela manhã/tarde, ele trabalhava tarde/noite e a Luana estudava de tarde, ficando pela manhã com o pai e a noite com a mãe e de tarde na escola. Deu certo até hoje. Eu não me arrependo de ter deixado tudo pra cuidar da minha filha, mas confesso que hoje sinto MUITA falta de trabalhar fora. Meu bebê cresceu, e não necessita tanto de mim, e eu sinto-me um pouco "inútil" dentro de casa. Beijos

Cin disse...

Li o post e te vi. Agora preciso saber o seu nome! lol

Sobre o post. Por isso que eu gosto da Alemanha nesse ponto. Por aqui, é muito comum as mulheres trabalharem meio período. Normalmente na parte da manha somente. Recebem menos, lógico, mas assim elas conseguem conciliar profissao e familia. Quando eu tiver meus filhos, pretendo tambem trabalhar somente na parte da manha. Por isso mesmo esperamos até agora para te-los. Depois de 4 anos de casada, agora sim temos nossa casa, as coias estabilizadas por aqui. Agora sim, tenho condicoes de dizer: Agora posso ser mae.

Bjs

PS: Quer ser a única portuguesa no meio de 9 brasileiras? Mas vc já é! No meu blog, tem um selo para vc! :D

Anônimo disse...

Infantários e aviários, é quase o mesmo.
Há lá coisa mais anti-natural do que os nossos filhos serem criados e "educados" por quem só procura uma actividade como meio de sobrevivência?

RENATA RZ disse...

ASSINO EMBAIXO

Adorei ler isso. É exatamente como eu penso, hoje vivendo quase que exclusivamente para os filhos e familia.
Me sinto pressionada a me explicar às pessoas porque decidi fazer isso, ha 6 meses.

Um alívio, obrigada Gaspas
beijinhos green & yellow

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